Após o acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das sequelas mais comuns é a dificuldade para abrir os dedos e o punho. Isso pode acontecer tanto pela diminuição da força dos músculos que realizam os movimentos de abertura, como pela presença da espasticidade dos músculos flexores que realizam o fechamento em alguns casos.
A situação pode ser comparada a uma “quebra-de-braço”, onde os músculos que fecham a mão (flexão) passam a ser mais fortes do que os que abrem a mão (extensão). Por esse motivo, é fundamental que o programa de exercícios leve em consideração essas duas abordagens: aprender a relaxar e a contrair os músculos.
A reabilitação motora após o AVC costuma ser lenta e gradual, mas sempre existe a possibilidade de evolução, por mais antiga que seja a lesão. O nosso cérebro possui uma capacidade chamada de Neuroplasticidade que permite a adaptação e o aprendizado de novas habilidades.
Esse aprendizado pode ser potencializado através da tecnologia. As técnicas de Neuromodulação, como o Biofeedback, passaram a ser cada mais acessíveis e podem colaborar para uma recuperação mais rápida e efetiva após o AVC.
Esses recursos permitem que o cérebro seja estimulado para favorecer o aprendizado e aumentar a efetividade dos exercícios.
Portanto, esse material tem o objetivo de apresentar os principais exercícios com Biofeedback que podem ser utilizados para potencializar a reabilitação dos dedos e do punho após o AVC.

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Biofeedback na redução da espasticidade das mãos
A depender do nível da lesão cerebral, algumas pessoas podem apresentar contrações involuntárias de grupos musculares específicos, a chamada Espasticidade. Essa reação pode levar ao aumento inconsciente da contração dos músculos que realizam o fechamento dos dedos e dos punhos. Ou seja, a pessoa apresenta uma redução da habilidade de relaxar os músculos voluntariamente.
Esse processo pode começar nos primeiros meses após o AVC e tende a dificultar a realização de algumas tarefas do dia-a-dia, além de frequentemente causar dores musculares. Se tentarmos abrir uma mão espástica de forma rápida ou forçada, acontece uma resposta automática e contrária em direção ao fechamento.
Portanto, é muito importante que os movimentos sejam realizados lentamente para que a pessoa reaprenda aos poucos a ter controle sobre o relaxamento. Reduzir a atividade dos músculos é habilidade que pode ser treinada, mas que, muitas vezes, é ignorada nos protocolos de treinamento no pós-AVC.
Uma forma de potencializar o aprendizado do relaxamento dos músculos espástico é através da técnica de Biofeedback. Veja como funciona:
Esse recurso utiliza sensores que medem a atividade neurológica através de eletrodos colados na superfície da pele.
Com o Biofeedback, os sinais musculares são transformados em gráficos e sons em tempo real. Dessa forma, a pessoa é capaz de saber com precisão o quanto de resposta neurológica está tendo em cada exercícios.
Portanto, o treino com o Biofeedback ajuda a pessoa a identificar quais são as estratégias mais efetivas para atingir o relaxamento através do reforço das conexões cerebrais que comandam a redução da contração dos músculos.



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Nas primeiras sessões de treinamento, já é possível notar uma redução significativa no tônus dos músculos. Essa redução pode chegar a mais de 50% de na atividade muscular ¹ após sessões de 20 minutos de treinamento e favorecer o aumento da mobilidade do membro superior.
Com o passar das sessões, o tempo para atingir o relaxamento tender a ser cada vez menor e permitir que a pessoa consiga realizar atividades básicas do dia-a-dia com maior independência e efetividade.


Com o avanço do treino, essa habilidade passa a ser cada vez mais rápida e efetiva. Dessa forma, a pessoa terá maior facilidade para abrir a mão para segurar objetos e para realizar atividades atividades básicas que gerem maior autonomia e qualidade de vida.
É importante destacar que os resultados sempre irão depender do nível da lesão e do frequência de realização dos treinamentos. A presença de lesões articulares e musculares também pode dificultar a realização dos movimentos de abertura, já que alterações mecânicas podem impedir a realização completa dos movimentos.
Biofeedback no treinamento motor das mãos
Além de aprender a relaxar os músculos espásticos, é muito importante que a pessoa ganhe controle sobre os movimentos de abertura dos dedos e de extensão do punho.
Muitos pacientes tendem a perder a motivação ou frustar-se quando realizam grandes esforços, mas têm a sensação de que os músculos não respondem mais aos comandos.
Durante essas tentativas, alguns movimentos são efetivos e outros não para causar a ativação correta dos neurônios. Porém, a pessoa não recebe um feedback para saber qual é a melhor forma de ativar essas fibras.
Seria algo parecido a tentar escrever com caneta em um papel, sendo que com os olhos fechados. Seria difícil saber quais os movimentos foram mais efetivos.
O Biofeedback é uma tecnologia que foi desenvolvida para resolver exatamente esse problema. Esse recurso permite que a pessoa receba uma confirmação a cada tentativas de ativação dos neurônios através dos movimentos. Veja como funciona essa tecnologia na prática:
Portanto, o processo de aprendizado com essa tecnologia se torna muito mais objetiva e a pessoa consegue saber quais são os movimentos mais indicados para gerar a resposta neurológica necessária.
Os aparelhos de Biofeedback conseguem detectar a atividade elétrica dos músculos, mesmos nos casos mais graves onde o nível de atividade parece não existir e não é capaz de gerar movimentos visíveis.
Ou seja, o treino com o Biofeedback não força que a pessoa realize movimentos mais intensos do que ela é capaz de aguentar, nem subestima o potencial de contração que a pessoa é capaz de realizar no momento.
Os aparelhos de Biofeedback podem ser utilizado tanto no treinamento dos músculos que realizam a abertura dos dedos, como para treinar a contração dos grupamentos responsáveis pela extensão do punho. Portanto, pode ajudar no movimentos de abertura dos dedos e da mão, de acordo com o local determinado. No programa neuroUP Home, as pessoas são acompanhadas por especialistas que ensinam a posicionar o aparelho de acordo com os objetivos definidos em conjunto.
Dessa forma, o treinamento com Biofeedback ajuda na coordenação dos movimentos. Com isso, a pessoa poderá ter maior facilidade para abrir e fechar a mão com maior facilidade.
O aumento consciência sobre o relaxamento e a contração é fundamental para que seja possível competir com a espasticidade que direciona a mão para o sentido do fechamento.
Como funciona o treinamento com o Biofeedback na prática?
Graças à evolução da tecnologia na última década, os aparelhos de Biofeedback tornarem-se mais acessíveis do ponto de vista financeiro e mais fáceis de serem utilizados, inclusive em casa.
No Brasil, já existem programas como o neuroUP Home onde é possível alugar um kit de equipamentos e realizar o treinamento em casa com a orientação remota ou presencial de um profissional certificado em Biofeedback.
Fisioterapia Neurológica: sessão online de avaliação e orientação
Agende uma sessão de Fisioterapia Neurológica online. A primeira consulta tem o objetivo de avaliar a sua funcionalidade para oferecer orientações para você e sua família e para traçar um programa de exercícios individualizado. Você poderá escolher um horário de preferência e a neuroUP irá te indicar profissionais que atuam de forma dedicada à sua necessidade. A nossa rede conta com mais de 200 especialistas no Brasil e a tecnologia da neuroUP permite que o atendimento seja realizado com comodidade à distância, por videoconferência.
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Descrição
Quais as principais aplicações?


Acidente vascular cerebral (AVC)
A Fisioterapia no pós AVC tem o objetivo de mehorar a qualidade de vida e a independência através da redução da espasticidade e o aumento das funções motoras.


Lesão Medular
A Fisioterapia tem o objetivo de aumentar a funcionalidade do paciente com Lesão Medular para aumentar a independência na realização de atividades diárias.


Doença de Parkinson
A Fisioterapia tem o objetivo de reduzir as limitações funcionais causadas por rigidez, lentidão dos movimentos e alterações posturais, além da prevenção de quedas;
Como funciona a sessão on-line de avaliação?


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